Divergências

Médicos israelenses e palestinos não concordam sobre morte de ministro

Abu Ein estava entre manifestantes palestinos que entraram em confronto com os militares de Israel na vila de Turmus Aya, perto de Ramallah

Da Folhapress
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Publicado em 11/12/2014 às 9:47
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Abu Ein estava entre manifestantes palestinos que entraram em confronto com os militares de Israel na vila de Turmus Aya, perto de Ramallah - FOTO: Foto: THOMAS COEX / AFP
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Patologistas israelenses e palestinos discordaram nesta quinta-feira (11) sobre o que causou a morte de um ministro palestino na quarta (10). Ziad Abu Ein, 55, morreu após um confronto com soldados israelenses.

Após uma autópsia conjunta, os médicos palestinos disseram que Abu Ein morreu com os golpes, enquanto os israelenses afirmaram que um ataque cardíaco foi a causa da morte. Segundo eles, o ministro já tinha problemas no coração.

Abu Ein estava entre manifestantes palestinos que entraram em confronto com os militares de Israel na vila de Turmus Aya, perto de Ramallah.

Um soldado segurou o ministro pela garganta, segundo mostram fotos. Os militares também atiraram gás lacrimogênio.

"Sua morte foi causada por uma oclusão coronária, causada por estresse. O estresse pode ter sido provocado por ele ter sido agarrado pelo pescoço", disse um israelense à "Reuters".

Hussein al-Sheikh, uma autoridade palestina, disse à "Reuters" que os médicos jordanianos e palestinos concluíram que o ministro morreu por "ser atingido, inalar gás lacrimogêneo e por um atraso na prestação de assistência médica".

Na quarta (10), o ministro palestino Hussein Sheikh disse Abu Ein morreu de inalação de gás e das pancadas no confronto.

O funeral de Abu Ein será realizado nesta quinta (11) em Ramallah, onde Israel reforçou suas tropas.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse que o ministro foi vítima de um ato bárbaro. O ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, emitiu um pedido de desculpas pela morte.

Abu Ein organizava protestos contra os assentamentos israelenses e contra o muro de separação na Cisjordânia.

Nesta quinta (11), soldados israelenses entraram em confronto com cerca de cem palestinos que atiravam pedras em Hebron, na Cisjordânia. Não houve relatos imediatos de feridos ou prisões.

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