Mais de 40 grupos muçulmanos australianos condenaram a tomada de reféns nesta segunda-feira em um café do centro de Sydney, onde foi exibida uma bandeira islâmica.
"Nós rejeitamos qualquer tentativa de tirar vidas inocentes de seres humanos ou de instilar medo e terror em seus corações", afirmam em um comunicado, que chama a tomada de reféns de "ato desprezível".
A bandeira preta exibida em uma janela do Café Lindt do centro de Sydney é utilizada habitualmente por grupos jihadistas e é possível ler, em árabe, a shahada (profissão de fé): "Não há nenhum outro Deus a não ser Alá, Maomé é seu mensageiro".
Os grupos muçulmanos indicaram que a inscrição "não representa um posicionamento político, e sim reafirma o testemunho da fé do qual se apropriaram de maneira indevida indivíduos desorientados que não representam ninguém, exceto a si mesmos".
"Este ato desprezível serve apenas para as agendas daqueles que buscam destruir a boa vontade do povo da Austrália e para prejudicar e ridiculizar a religião do islã e os muçulmanos australianos", completa a nota.
"Nossos pensamentos estão com os reféns e seus entes queridos".
Líderes religiosos pediram nesta segunda-feira aos fiéis que se unissem e orassem por uma solução pacífica para a tomada de reféns.
As autoridades calculam que há menos de 30 pessoas dentro do café, mantidas como reféns por um homem armado durante várias horas. Três homens e duas mulheres conseguiram sair correndo do local após seis horas de sequestro.