A democrata Hillary Clinton pediu nesta terça-feira uma lei para proibir a tortura com mais rigidez nos Estados Unidos, uma semana depois da divulgação de uma investigação parlamentar sobre os interrogatórios da CIA na década passada.
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"Hoje, podemos dizer de novo claramente que os Estados Unidos nunca devem permitir nem praticar a tortura em parte alguma do mundo", declarou Hillary Clinton durante um discurso em Nova York depois de ter sido recompensada com o prêmio Robert F. Kennedy de direitos humanos.
"Isso deveria estar absolutamente claro de um ponto de vista político e jurídico, inclusive em virtude de nossas obrigações para com os tratados internacionais. Mas se isso requer uma nova lei, então o Congresso deve trabalhar com o presidente Obama para aprová-la rapidamente, e isso não deve provocar disputas entre partidos", disse, segundo os jornais New York Times e Politico.
"Nós podemos nos proteger do terrorismo e reduzir a criminalidade e a violência sem recorrer à tortura no exterior, a uma força inútil ou a detenções excessivas", acrescentou.
A dirigente democrata, que prepara sua candidatura oficial à Casa Branca em 2016, ainda não tinha comentado publicamente o relatório da comissão de Inteligência do Senado americano sobre a violência empregada no programa de interrogatórios secretos da CIA, após o 11 de Setembro. Barack Obama pôs fim a esse programa em 2009.