Diplomacia

Obama e Raúl Castro farão pronunciamento sobre relações entre EUA e Cuba às 15h

Anúncios simultâneos foram feitos depois da divulgação de que um cidadão americano detido na ilha há 5 anos havia sido libertado por Havana

Da AFP
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Publicado em 17/12/2014 às 12:16
Foto: JIM BOURG / POOL / AFP
Anúncios simultâneos foram feitos depois da divulgação de que um cidadão americano detido na ilha há 5 anos havia sido libertado por Havana - FOTO: Foto: JIM BOURG / POOL / AFP
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Os presidentes americano, Barack Obama, e cubano, Raúl Castro, anunciaram, separadamente, que farão nesta quarta-feira às 15h de Brasília um pronunciamento sobre as relações Estados Unidos-Cuba, depois da divulgação de que um cidadão americano detido na ilha há 5 anos havia sido libertado por Havana.

"Às 12 horas (local) a televisão e a rádio cubana transmitirão em cadeia nacional o discurso do presidente", afirmou uma locutora, em um anúncio que interrompeu a programação cubana.

As autoridades cubanas anunciaram a libertação do prisioneiro americano Alan Gross ante um pedido de caráter humanitário feito pelos Estados Unidos, afirmou um funcionário da Casa Branca.

"Gross já deixou Cuba em um avião americano rumo aos Estados Unidos", afirmou a fonte.

O americano de 65 anos cumpriu 5 de uma pena de 15 anos de prisão por "ameaças à segurança de Estado".

Pouco antes, o canal ABC News informou sobre a libertação de Gross e que ele já estava a caminho de seu país.

A situação de Gross, detido em 2009 e condenado em 2011, era vista como o principal obstáculo para uma normalização das relações entre os dois países.

O lado cubano expressou em diversas oportunidades sua disposição a discutir o caso de Gross em um contexto que inclua a situação de três agentes cubanos, de um grupo original de cinco, que cumprem pesadas penas de prisão nos Estados Unidos.

Até o momento, Washington se nego a considerar a possibilidade de um intercâmbio de prisioneiros com Cuba, e o departamento de Estado se concentrou em solicitar a Havana a libertação de Gross por uma questão humanitária.

Por sua parte, o próprio Gross criticou reiteradas vezes a falta de empenho do governo americano em relação a sua libertação. 

Este anos chegou a realizar uma greve de fome durante uma semana para pressionar a Casa Branca, mas interrompeu o protesto a pedido de sua família.

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