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China não apoia que TPI examine denúncias contra Coreia do Norte

A Assembleia Geral das Nações Unidas condenou na quinta-feira a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte e pediu para que Pyongyang fosse investigado

Da AFP
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Publicado em 19/12/2014 às 10:44
Foto: KNS / KCNA / AFP
A Assembleia Geral das Nações Unidas condenou na quinta-feira a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte e pediu para que Pyongyang fosse investigado - FOTO: Foto: KNS / KCNA / AFP
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A China se opôs nesta sexta-feira que a Coreia do Norte seja denunciada ao Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade, como pediu a Assembleia Geral da ONU, já que, segundo Pequim, isso não resolverá nada.

A Assembleia Geral das Nações Unidas condenou na quinta-feira a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte e pediu para que Pyongyang seja levado ante o TPI.

"O Conselho de Segurança não é o lugar adequado para falar de direitos humanos. E ir ao Tribunal Penal Internacional não resolverá qualquer problema", afirmou Qin Gang, porta-voz da chancelaria chinesa. "Nossa posição é que os países devem resolver suas divergências sobre direitos humanos através do diálogo construtivo e das negociações", acrescentou.

A resolução não-vinculante foi aprovada por 116 votos contra 20 e 52 abstenções entre os 193 países membros.

A resolução solicita que o Conselho de Segurança leve a Coreia do Norte ante o TPI e que considere sanções específicas contra os líderes de Pyongyang por causa da repressão contra seus cidadãos.

Patrocinada por 62 países, a resolução se baseia no trabalho de uma comissão investigadora das Nações Unidas, que, em um relatório publicado em fevereiro passado, concluiu que a Coreia do Norte cometeu abusos contra os direitos humanos "sem paralelo no mundo contemporâneo".

No entanto, não está claro se o Conselho de Segurança dará prosseguimento à resolução, já que se esperava que a China - principal aliado de Pyongyang - e a Rússia se opusessem ao envio da Coreia do Norte ao TPI.

O corpo executivo da ONU discutirá a respeito em sua reunião na segunda-feira, a primeira que tratará da questão dos direitos humanos no país comunista, mas não é esperada uma decisão nessa sessão.

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