Combate

EUA anuncia morte de líderes do Estado Islâmico em ataques aéreos

Nos últimos dias, os Estados Unidos e seus aliados intensificaram a campanha aérea contra o Estado Islâmico, realizando ao menos 45 ataques

Da AFP
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Publicado em 19/12/2014 às 10:05
Foto:  AL-FURQAN MEDIA / AFP
Nos últimos dias, os Estados Unidos e seus aliados intensificaram a campanha aérea contra o Estado Islâmico, realizando ao menos 45 ataques - FOTO: Foto: AL-FURQAN MEDIA / AFP
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Vários líderes do grupo Estado Islâmico foram mortos em ataques aéreos dos Estados Unidos no norte do Iraque nos últimos dias, informou nesta quinta-feira o Pentágono.

O contra-almirante John Kirby, porta-voz do Pentágono, confirmou que "desde meados de novembro ataques aéreos bem sucedidos da coalizão mataram vários líderes superiores e comandantes de nível médio" do Estado Islâmico.

"Acreditamos que as perdas destes líderes degradam a capacidade do ISIL (EI) para comandar e controlar as operações contra as forças de segurança iraquianas, incluindo forças locais e curdas no Iraque", disse Kirby.

"Apesar de não discutirmos detalhes de inteligência e objetivos de nossas operações, é importante assinalar que a liderança, comando, instalações e equipamentos sempre são parte de nossos planos para alvos".

Os ataques mostraram que "a coalizão resolveu" ajudar as forças iraquianas a derrotar o Estado Islâmico.

Funcionários americanos citaram três dirigentes do EI mortos nos ataques, incluindo Haji Mutazz, também conhecido como Abu Muslim al-Turkmani, braço direito do líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al Bagdadi.

O segundo jihadista abatido seria Abd al Basit, encarregado das operações militares del grupo, e o terceiro, Radwin Talib, um dirigente de "nível médio" que controlava a supervisão da cidade de Mossul, no norte do Iraque, capturada pelo EI.

Um alto oficial do Pentágono que pediu para não ser identificado disse que as mortes foram "resultado de uma série de ataques aéreos este mês, realizados ao longo de vários dias".

O oficial destacou que a operação refletiu um esforço mais amplo para pressionar o grupo extremista, enquanto as forças iraquianas se preparam para uma importante contra-ofensiva nos próximos meses.

Também indicou que o chefe do EI, Abu Bakr al Bagdadi, não estava entre os líderes mortos.

O jornal The Wall Street Journal deu a notícia em primeira mão sobre o ataque das forças americanas no qual morreram vários líderes chave do grupo jihadista.

Citando funcionários que falaram sob a condição de ter sua identidade preservada, o jornal destacou que entre 3 e 9 de dezembro, morreram em ataques aéreos Abd al-Basit, chefe das operações do EI no Iraque, e Haji Mutazz, assistente de Bagdadi.

Nesta quinta-feira, os combatentes curdos "peshmergas" - que contam com o apoio aéreo da coalizão internacional - romperam o cerco do Estado Islâmico ao monte Sinjar, no norte do Iraque, que o grupo jihadista mantinha há semanas.

No monte Sinjar vivem numerosos membros da minoria yazidi, ameaçados pelo Estado Islâmico.

As forças curdas lançaram na quarta-feira uma grande ofensiva para retomar zonas do norte do país próximas à fronteira síria, incluindo a região de Sinjar.

Esta ofensiva foi deflagrada em duas frentes: a partir de Rabia, na fronteira síria, e de Zumar, na zona do lago de Mossul, segundo oficiais curdos.

Nos últimos dias, os Estados Unidos e seus aliados intensificaram a campanha aérea contra o Estado Islâmico, realizando ao menos 45 ataques para apoiar as forças curdas iraquianas.

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