A China prendeu um ativista humanitário cristão americano, perto da fronteira com a Coreia do Norte, anunciou o advogado de defesa, no momento em que as autoridades aparentemente realizam uma ofensiva contra os grupos religiosos na região. Peter Hahn, um norte-coreano naturalizado americano, foi detido na sexta-feira, acusado de desvio de recursos e falsificação de notas fiscais, informou o advogado Zhang Peihon.
Vários grupos cristãos, a maioria liderados por sul-coreanos, estão presentes ao longo da fronteira. Mas são obrigados a trabalhar de maneira discreta, já que a China expulsa com frequência os missionários estrangeiros e prende sistematicamente os refugiados que fogem da Coreia do Norte. Hahn mora na cidade de fronteira de Tumen desde o fim dos anos 90, quando fundou uma ONG para ajudar a Coreia do Norte e os refugiados que deixam o país. Em 2002 ele criou uma escola profissionalizante.
Uma fonte ligada ao caso, que pediu anonimato, disse à AFP que vários trabalhadores estrangeiros vinculados à ONG de Hahn foram deportados nos últimos meses. Hahn, de 74 anos, se declara inocente das acusações, segundo o advogado Zhang Peihon.