O Exército americano admitiu nesta terça-feira, pela primeira vez, que investiga a possibilidade de vítimas civis nos ataques aéreos realizados pela coalizão internacional contra o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.
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As investigações são realizadas pelo Centcom, o comando americano para a região, explicou nesta terça-feira o porta-voz do Pentágono, contra-almirante John Kirby.
"O Centcom investiga várias denúncias de vítimas civis que considera críveis".
Esta é a primeira vez que as forças armadas americanas reconhecem a existência de tais investigações, mas destacam que não há confirmação da morte de qualquer civil nos ataques aéreos da coalizão contra bases do Estado Islâmico.
Segundo fontes militares americanas, o Exército iniciou um total de 18 investigações sobre possíveis vítimas civis no Iraque e na Síria. Deste total, cinco seguem em curso e 13 foram provisoriamente abandonadas diante da ausência de elementos.
O risco de se atingir a população civil "é algo que levamos muito a sério". "Nos preocupamos em minimizar os riscos para os civis em cada operação que lançamos, qualquer que seja", destacou Kirby.
No final de outubro passado, o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahmane, afirmou que desde 23 de setembro os ataques aéreos da coalizão já mataram 32 civis, incluindo seis crianças e duas mulheres.