PERSEGUIÇÃO

Mulher mais procurada da França estaria na Síria, após passar pela Turquia

Hayat Boumeddiene é companheira do homem que matou um policial e manteve reféns em um mercado em Paris

AFP
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Publicado em 10/01/2015 às 19:54
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Hayat Boumeddiene é companheira do homem que matou um policial e manteve reféns em um mercado em Paris - FOTO: Foto: Reprodução da Internet
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Hayat Boumeddiene, a companheira do homem que matou uma policial e manteve vários reféns em um mercado especializado em produtos judaicos, em Paris, entrou na Turquia em 2 de janeiro e, agora, estaria na Síria - informou neste sábado (10) uma fonte de segurança turca.

"Ela entrou na Turquia em 2 de janeiro (...) Achamos que ela tenha estado em Urfa (sudeste) uma semana depois, sem ter prova disso. A suspeita está, agora, provavelmente, na Síria", declarou a fonte consultada pela AFP, garantindo que a Turquia não prendeu Hayat Boumeddienne devido à falta de informações por parte do governo francês.

Segundo a mesma fonte, a jovem tinha um bilhete de ida e volta Madri-Istambul.

Mais cedo, neste sábado, uma fonte policial francesa informou que Hayat, de 26 anos, estava em solo turco "desde o início de janeiro", sem especificar sua data de entrada.

Hayat é companheira de Amedy Coulibaly, um dos três "jihadistas" mortos pela polícia francesa na sexta-feira. A polícia da França divulgou um mandado de busca para determinar o papel da jovem no tiroteio deflagrado por Coulibaly, em Montrouge (sul de Paris), e se ela teria ajudado na tomada de reféns no mercado de produtos kasher, em Vincennes, na sexta.

A fonte de segurança turca alegou que a suspeita não foi detida pelas autoridades de Ancara por não terem sido informadas, pelo governo de Paris, sobre seu perfil perigoso.

"Não houve troca de informação (de Inteligência). Por isso, não pudemos impedir (sua entrada na Turquia)", completou a fonte.

"Não podemos nos permitir o luxo de impedir quem quer que seja de entrar, sem informação", frisou.

"Se tivéssemos tido essa informação a tempo, teríamos podido extraditá-la", ressaltou a fonte da AFP, acrescentando que "a troca de informação (com Paris) é, a partir de agora, melhor do que em tempos normais".

A polícia francesa tinha difundido uma foto da jovem, advertindo, na ordem de captura emitida contra ela, que pode "estar armada" e ser "perigosa", antes de revelada sua provável fuga para o exterior.

De cabelos pretos e longos e rosto infantil, Boumeddiene é muito religiosa e usa o véu integral, o que a obrigou a renunciar ao emprego de caixa, segundo a imprensa francesa.

Filha de um entregador, faz parte de uma família de sete irmãos. Ela se casou no religioso com Coulibaly em 2009. Sua mãe morreu em 1994, ainda de acordo com a mesma fonte.

Em uma foto que circula pelas redes sociais, ela aparece usando um véu islâmico negro integral, que deixa apenas os olhos à mostra, e segurando uma balestra, um tipo de arma que dispara flechas.

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