europa

Ministros europeus querem monitorar passageiros aéreos e vigiar fronteiras

O Tratado de Schengen instaurou a livre circulação entre os 26 Estados signatários, entre eles 22 da União Europeia

Da AFP
Cadastrado por
Da AFP
Publicado em 11/01/2015 às 12:25
Foto: PATRICK KOVARIK / AFP
FOTO: Foto: PATRICK KOVARIK / AFP
Leitura:

O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, declarou neste domingo (11) que há uma necessidade urgente e crucial de trocar dados sobre passageiros aéreos na Europa e reforçar os controles de movimentos nas fronteiras externas da União Europeia.

Cazeneuve falou em nome de 11 países europeus e do secretário de Justiça americano, Eric Holder, que se reuniram em Paris para discutir a série de ataques jihadistas que deixaram 17 mortes em três dias de terror na França.

Os ministros e Holder também consideram indispensável uma parceria com operadoras da internet para identificar e retirar rapidamente "os conteúdos que incitam o ódio e o terror", segundo a declaração comum divulgada em Paris.

Igualmente foi decidido que os Estados Unidos realizarão uma reunião de cúpula para tratar da questão da luta contra o "extremismo violento no mundo" no próximo dia 18 de fevereiro.

Eric Holder afirmou ainda que a reunião terá como objetivo o compartilhamento de recursos de todos os países envolvidos.

O ministro belga do Interior, Jan Jambon, por sua vez, se pronunciou a favor da elaboração de uma "lista europeia de combatentes estrangeiros" que se unem à Jihad.

"A colaboração entre os serviços de nossos países é crucial. É preciso estabelecer uma lista europeia dos combatentes estrangeiros", afirmou em seu Twitter.

A Bélgica figura entre os países mais mobilizados da União Europeia sobre a questão dos jihadistas europeus.

Já o ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz, afirmou que defenderia uma modificação do Tratado de Schengen para permitir controles nas fronteiras dentro do espaço europeu para limitar a mobilidade de combatentes islamitas de volta à Europa.

Foto: KENZO TRIBOUILLARD / AFP
Milhares de pessoas protestam em Paris contra o extremismo e em defesa da liberdade de expressão. - Foto: KENZO TRIBOUILLARD / AFP
Foto: PATRICK KOVARIK / AFP
Milhares de pessoas protestam em Paris contra o extremismo e em defesa da liberdade de expressão. - Foto: PATRICK KOVARIK / AFP
Foto: KENZO TRIBOUILLARD / AFP
Milhares de pessoas protestam em Paris contra o extremismo e em defesa da liberdade de expressão. - Foto: KENZO TRIBOUILLARD / AFP
Foto: PHILIPPE WOJAZER / POOL / AFP
Líderes de vários países participam da marcha em Paris. - Foto: PHILIPPE WOJAZER / POOL / AFP
Foto: BERTRAND GUAY / AFP
Milhares de pessoas protestam em Paris contra o extremismo e em defesa da liberdade de expressão. - Foto: BERTRAND GUAY / AFP
Foto: THOMAS SAMSON / AFP
Milhares de pessoas protestam em Paris contra o extremismo e em defesa da liberdade de expressão. - Foto: THOMAS SAMSON / AFP
Foto: PAUL ELLIS / AFP
Milhares de pessoas protestam em Paris contra o extremismo e em defesa da liberdade de expressão. - Foto: PAUL ELLIS / AFP

"Nós apoiaremos que sejam estabelecidos controles fronteiriços e é possível que, em consequência disso, se tenha que modificar os efeitos instrumentais do Tratado de Schengen", declarou ao jornal El País antes de uma reunião ministerial sobre o tema em Paris.

O Tratado de Schengen instaurou a livre circulação entre os 26 Estados signatários, entre eles 22 da União Europeia.

"Paris hoje é a capital do mundo", afirmou o presidente francês François Hollande aos membros de seu gabinete reunidos no palácio do Eliseu, antes de participar em uma grande manifestação de repulsa aos atentados desta semana no país que acontece neste domingo em Paris.

"Todo o país vai reunir o melhor que tem", afirmou o chefe de Estado, citado por um de seus colaboradores.

Últimas notícias