Oriente Médio

14 pessoas executadas em 6 meses por adultério ou homossexualiade na Síria

A última vítima é uma mulher acusada de "infidelidade" que foi morta pela Frente Al-Nosra

Da AFP
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Publicado em 14/01/2015 às 14:20
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Os jihadistas e grupos islâmicos executaram desde meados de julho na Síria sete homens e sete mulheres por "adultério ou homossexualidade, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). A última vítima é uma mulher acusada de "infidelidade" que foi morta pela Frente Al-Nosra, uma facção síria da Al-Qaeda, na província de Idleb (noroeste), de acordo com a ONG que conta com uma ampla rede de militantes e fontes médicas no país.

Em um vídeo postado na internet pelo Observatório, um grupo de combatentes da Al-Nusra amarram uma mulher antes de matá-la a tiros a cidade de Maaret Noomane. A morte ocorreu diante de uma multidão de civis e combatentes, enquanto um jihadista acusa a mulher de "adultério".

O OSDH relatou outras 13 execuções por adultério ou homossexualidade desde julho. Entre eles está um homem também acusado de adultério e que foi apedrejado até a morte no ano passado pela Frente Al-Nusra e outros grupos islâmicos em Saraqeb, na província de Idleb.

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI), por sua vez, assassinou três mulheres pelo mesmo motivo e dois homens "por práticas indecentes com outros homens". Um grupo islamita na província de Aleppo e o EI de Deir Ezzor (leste) jogaram um homem de um prédio antes de apedrejá-lo por homossexualidade.

Outros grupos mataram três mulheres na província central de Hama por adultério, uma delas foi apedrejada por seu próprio pai. O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, afirmou à AFP que houve, certamente, outras execuções na Síria, mas que não haviam sido documentadas.

O EI surgiu durante a guerra na Síria, na primavera de 2013, e proclamou um califado nas grandes áreas conquistadas no Iraque e na Síria.

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