Cerca de 1.500 pessoas se reuniram nesta quarta-feira em uma das principais cidades de maioria muçulmana das Filipinas para protestar contra as charges do profeta Maomé publicadas pela revista satírica francesa Charlie Hebdo.
Políticos locais, estudantes e mulheres se reuniram na praça central de Marawi, no sul do arquipélago. "O que aconteceu na França, ao massacre de Charlie Hebdo, é uma lição de moral para o mundo para que respeite todas as religiões e em particular o Islã", disse um dos organizadores da manifestação.
"A liberdade de expressão não inclui insultos contra o grande e nobre profeta de Alá", acrescentou. Segundo a polícia, cerca de 1.500 pessoas participaram da manifestação, promovida por um grupo chamado de "a voz das massas". Os manifestantes carregavam cartazes com os dizeres "Você é Charlie" em oposição ao "Eu sou Charlie", o slogan daqueles que condenaram o ataque.
Charlie Hebdo publicou nesta quarta-feira uma nova edição, a primeira desde o ataque de 7 de janeiro por dois jihadistas contra a revista, no qual doze pessoas morreram. Cerca de 80% da população das Filipinas é de confissão católica.