O Ministério Público da cidade polonesa de Cracóvia interrogou o cineasta Roman Polanski após um pedido de extradição por parte dos Estados Unidos por manter relações sexuais ilegais com uma menor em 1977, informou nesta quinta-feira.
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O interrogatório foi realizado na noite de quarta-feira "no âmbito do pedido de extradição apresentado" pelos Estados Unidos no início de janeiro, segundo um comunicado do Ministério Público.
Além disso, o Ministério Público indicou que em breve apresentará ao tribunal um requerimento neste caso, mas não informou a natureza deste último. Os analistas consideram pouco provável que a extradição seja autorizada.
Na Polônia, um tribunal independente é o encarregado de decidir sobre sua extradição. Se for rejeitada, o caso será encerrado, e se for aprovada a decisão final recairá nas mãos do ministro da Justiça.
O diretor de cinema polonês, de 81 anos, havia indicado na segunda-feira a uma televisão polonesa que confiava na justiça de seu país e mostrou-se disposto a se submeter ao procedimento.
Além disso, Polanski confirmou que preparava um novo filme, que pode ser rodado parcialmente na Polônia.
Em 1977, o diretor, na época com 43 anos, foi processado por estuprar a jovem Samantha Geimer, de 13 anos. Depois de passar 42 dias na prisão, foi libertado sob fiança e fugiu dos Estados Unidos antes que a justiça pronunciasse um veredicto.