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Premiê turco compara Netanyahu com terroristas de Paris

As palavras do chefe de governo turco são pronunciadas em plena guerra verbal entre líderes da Turquia e do Estado hebreu, cujas relações são atualmente muito tensas

Da AFP
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Publicado em 15/01/2015 às 11:17
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As palavras do chefe de governo turco são pronunciadas em plena guerra verbal entre líderes da Turquia e do Estado hebreu, cujas relações são atualmente muito tensas - FOTO: Foto: MENAHEM KAHANA / POOL / AFP
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O primeiro-ministro islamita-conservador turco, Ahmet Davutoglu, acusou nesta quinta-feira (15) seu colega israelense, Benjamin Netanyahu, de ter cometido em Gaza "crimes contra a humanidade" comparáveis aos dos terroristas islamitas que mataram 17 pessoas em Paris.

"Como os terroristas que realizaram os massacres de Paris, Netanyahu cometeu crimes contra a humanidade à frente de um governo que massacrou crianças que brincavam nas praias de Gaza", disse Davutoglu, em declarações à imprensa antes de viajar a Bruxelas.

As palavras do chefe de governo turco são pronunciadas em plena guerra verbal entre líderes da Turquia e do Estado hebreu, cujas relações são atualmente muito tensas.

Na segunda-feira (12), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que "era difícil entender como (Netanyahu) se atreveu" a participar da marcha organizada na França após os ataques islamitas de Paris contra jornalistas da revista Charlie Hebdo e um supermercado kasher, que deixaram 17 mortos. Davutoglu também esteve presente nesta marcha.

Netanyahu respondeu secamente na noite de quarta-feira, ao denunciar declarações vergonhosas que "devem ser condenadas pela comunidade internacional, já que a guerra contra o terrorismo só pode ser vencida ser for guiada por uma moral clara".

O chefe de Estado turco, um islamita-conservador que dirige com mão de ferro a Turquia desde 2003, critica regularmente o Estado hebreu, acusado por ele em julho passado de "ter superado Hitler em matéria de barbárie", após a ofensiva militar israelense em Gaza que provocou a morte de 2.200 palestinos, em sua maioria civis.

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