Um dos dois jihadistas franceses autores do atentado contra a revista Charlie Hebdo, Said Kouachi, foi enterrado na noite de sexta-feira na cidade de Reims (leste), onde vivia, anunciou neste sábado (17) a prefeitura, que anteriormente havia se oposto a este enterro.
Leia Também
- Níger tem igrejas cristãs incendiadas em manifestação contra Charlie Hebdo
- Hollande defende liberdade de expressão após protestos contra Charlie Hebdo
- Charlie Hebdo aumenta tiragem para 7 milhões de exemplares
- Mundo muçulmano protesta contra Charlie Hebdo
- Charlie Hebdo: 4 mortos e 45 feridos em manifestações no Níger
O enterro ocorreu na presença de alguns membros da família e sob vigilância policial.
O mais velho dos irmãos Kouachi foi enterrado em um túmulo anônimo e o nome do cemitério não foi divulgado, segundo uma fonte presente, para não transformar o local em um ponto de peregrinação.
A esposa do jihadista não compareceu à cerimônia para preservar o sigilo do funeral.
O prefeito de Reims, Arnaud Robinet, havia manifestado sua oposição ao enterro, alegando o risco de desordens públicas, mas a lei o obriga porque o autor do massacre na Charlie Hebdo vivia na cidade há dois anos.
Robinet temia "uma sepultura que servisse de local de peregrinação para fanáticos ou um local onde as pessoas fossem desafogar seu ódio", disse à AFP.
Cherif Kouachi será enterrado nos arredores de Paris, em Gennevilliers, onde vivia com sua esposa.
Quanto ao terceiro criminoso, Amedy Coulibaly, responsável pela morte de uma agente da polícia e da tomada de reféns que deixou quatro mortos em um mercado kasher, uma parte de sua família indicou à AFP que nenhuma decisão foi tomada até o momento.