Milhares de pessoas saíram neste sábado (17) às ruas de Caracas para receber o presidente Nicolás Maduro, que regressou ao país após viagem para tratar da queda dos preços internacionais do petróleo e o desenvolvimento econômico do país.
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Maduro iniciou a viagem no dia 4 de janeiro na China, seguindo depois para o Irã, o Catar, a Arábia Saudita, Argélia e Rússia. Nessa sexta-feira (16), ele fez uma escala técnica em Lisboa, onde manteve reunião de trabalho com o vice-primeiro-ministro português Paulo Portas.
Ao chegar a Caracas, o presidente disse que "a guerra petrolífera" dos Estados Unidos levou "a uma queda abrupta" dos preços internacionais, o que é motivo de preocupação para todos os países produtores, entre eles a Venezuela, que viram o preço do barril cair de US$ 96, em setembro de 2014, para US$ 38,5 ontem.
Maduro destacou que a viagem foi "muito proveitosa para os planos de renascimento econômico de seu país para 2015, 2016 e 2017 e que esteve focado em acertar acordos econômicos, de transferência tecnológica e investimento em áreas vitais do desenvolvimento"- industrial, agroalimentar, turístico, de transporte e habitação social.
Segundo ele, a viagem visou também a garantir financiamento para os projetos de desenvolvimento, que tem "um conjunto de necessidades cuja cobertura é feita em moeda estrangeira, produto da venda de petróleo".
De acordo com Maduro, outro objetivo foi estabelecer nova etapa nas relações com a China, Rússia, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Irã, a Arábia Saudita, o Catar e a Argélia, para "partilhar com o mundo a visão dos conflitos e da América Latina".
A defesa e coesão da Opep, a construção de um novo consenso e a aliança do mercado petrolífero e a recuperação dos preços do petróleo foram outras questões abordadas nos encontros.
Maduro chegou ao Aeroporto de Maiquetia (ao norte de Caracas), às 11h locais, de onde seguiu para o palácio presidencial de Miraflores, sendo recebido pela população ao longo do caminho.