O promotor Alberto Nisman, que foi encontrado morto em seu apartamento no bairro de Puerto Madero, em Buenos Aires, não deixou uma carta, afirmou a responsável pela investigação do caso, a promotora Viviana Fein.
Ela afirmou que agora irá esperar provas técnicas, como o relatório da autópsia do corpo, em que vão verificar se havia pólvora nas suas mãos, e gravações de vídeos do prédio onde Nisman vivia.
Segundo Fein, a morte aconteceu na noite de sábado (17). O corpo, no entanto, foi encontrado na madrugada de domingo para segunda.
Fein deu declarações rápidas ao sair do prédio onde o corpo foi encontrado e pediu para que "deixem a promotoria trabalhar".
Na última quarta (14), Nisman havia denunciado a presidente Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman e militantes governistas de terem encoberto os responsáveis por um atentado de 1994 à Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), na qual morreram 85 pessoas.
Nesta segunda (19) ele iria ao Congresso para dar um depoimento sobre suas investigações.
O governo emitiu uma nota sobre o caso em que afirma que a guarda que a guarda que fazia a segurança dele, formada por policiais federais, constataram que ele não atendia a campainha e que os jornais do domingo estavam da porta para fora.
Eles, então, decidiram procurar os parentes de Nisman.