Com mais de 2.500 participantes, o Fórum Econômico Mundial inicia nesta quarta-feira em Davos (Suíça) quatro dias de debates, dominados pela luta contra o jihadismo, pela desaceleração da economia mundial e pelos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio.
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A partir desta quarta-feira, mais de 40 chefes de Estado e de governo e empresários dos mais diversos setores debaterão os efeitos da queda dos preços do petróleo, um fenômeno que tem um impacto "levemente positivo na economia mundial", segundo Nariman Behravesh, economista chefe do gabinete IHS.
A desaceleração da economia chinesa, que cresceu 7,4% em 2014, ou seja, ao ritmo mais baixo em 24 anos, é um dos fatores que explicam a queda generalizada dos preços das matérias-primas, entre elas o petróleo e o cobre.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, se pronunciará nesta quarta-feira sobre as transformações da segunda economia mundial, que as autoridades buscam orientar a um consumo interno mais robusto.
O fenômeno afeta os países produtores da América Latina, cujo futuro econômico será debatido em um fórum no qual estarão presentes, entre outros, a chanceler panamenha, Isabel de Saint Malo, o secretário mexicano da Economia, Ildefonso Guajardo, e o presidente do banco brasileiro Itaú, Roberto Egydio Setubal.
Dando o tom da situação macroeconômica que presidirá esta edição do Fórum, o Fundo Monetário Internacional (FMI) diminuiu na segunda-feira em três décimos suas previsões de crescimento global para 2015 e 2016, a 3,5% e 3,7%.
Confirmando esta tendência, a auditoria PriceWaterhouseCooper (PwC) publicou na terça-feira em Davos uma pesquisa feita com 1.300 empresários, que reflete que eles encaram o ano 2015 com menos confiança que o anterior.
Outro tema central deste primeiro dia será o conflito no leste da Ucrânia. O presidente Petro Poroshenko pronunciará um discurso um dia após Kiev acusar a Rússia de atacar seus soldados.
Outro conflito muito presente será a luta contra o jihadismo, duas semanas após o massacre na revista satírica francesa Charlie Hebdo e em um supermercado kasher de Paris. Estes ataques deixaram 17 mortos no total e comoveram a França e o mundo.
Em consonância com isso, Davos contará neste ano com a presença do presidente francês, François Hollande, que falará na sexta-feira, e do primeiro-ministro belga, Charles Michel, cujo governo desmantelou na semana passada uma célula jihadista.
Sobre a luta contra o jihadismo também poderão se expressar em Davos o secretário americano de Estado, John Kerry, e o líder dos curdos do Iraque, Masud Barzani.