Mergulhadores indonésios encontraram e recuperaram nesta quinta-feira (22) seis corpos perto da fuselagem do avião da AirAsia que caiu no mar de Java em 28 de dezembro.
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Com isso, o número de cadáveres recuperados chega a 59. Entretanto, os profissionais não conseguiram entrar nos destroços, onde acredita-se que a maioria dos corpos estejam presos. As informações são de um oficial da Marinha da Indonésia.
Dias de águas agitadas e visão subaquática limitada dificultaram as buscas e os esforços para trazer à superfície o "corpo" do avião.
"Estava muito escuro, a visibilidade era muito limitada. Por isso nossa equipe de mergulhadores não conseguiu entrar. Entretanto, ainda acreditamos que poderemos recuperar todos os corpos de lá", disse aos repórteres o contra-almirante Widodo, comandante de um dos navios de busca.
Ele acrescentou que a equipe de resgate pretende trazer o avião à tona amarrando-lhe bolsas de ar gigantes.
As duas caixas-pretas da aeronave já foram recuperadas. Espera-se que elas ajudem a esclarecer o que se passou no avião.
Segundo o ministro do Trabalho do país, Ignasius Jojan, dados do radar do voo mostravam que o avião aparentemente havia ultrapassado a velocidade que era capaz de voar, o que o fez entrar em estol -situação de perda de sustentação aerodinâmica.
O Comitê Nacional de Segurança de Transportes (NTSC, na sigla em inglês), que é o órgão responsável pelas investigações, deve informar à imprensa algumas descobertas iniciais obtidas nas caixas-pretas na semana que vem, mas a íntegra das primeiras descobertas não irá a público.
Contudo, o relatório final sobre a queda -que deve ser concluído em um ano- será divulgado. .
QUEDA
O voo QZ8501 decolou da cidade de Surabaia às 5h20 locais do dia 28 de dezembro e deveria chegar a Cingapura duas horas depois, mas caiu no mar de Java após 40 minutos de voo.
O piloto chamou a torre de controle na Indonésia quando sobrevoava o mar de Java pelo sul de Bornéu e solicitou permissão para virar à esquerda e subir desde 32 mil pés de altitude até os 38 mil para fugir de uma tempestade.
A permissão foi negada, já que havia outra aeronave nas coordenadas pedidas pelo piloto.
Entretanto, a torre autorizou que o voo subisse para os 34 mil pés instantes depois, mas não conseguiu mais contato com a aeronave.