A trabalhadora humanitária francesa Claudia Priest, que tinha sido sequestrada na segunda-feira na República Centro-africana por milicianos 'anti-balaka' (basicamente cristãos) foi libertada, anunciou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.
"Nossa compatriota Claudia Priest, que tinha sido sequestrada no começo da semana na República Centro-africana, por fim está livre. É um imenso alívio para todos os que trabalharam para este feliz desenlace", declarou Fabius em um comunicado, sem dar maiores detalhes sobre a operação.
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Um colega centro-africano de Priest, levado junto com ela, também foi libertado, acrescentou a assessoria do chanceler francês que, segundo as mesmas fontes, conseguiu falar com seu compatriota, que está bem. Priest e o colega centro-africano foram sequestrados na segunda-feira na capital, Bangui. Uma funcionária expatriada da ONU foi sequestrada no dia seguinte e libertada após ter permanecido refém por quatro horas.
As milícias 'anti-balaka' são formadas principalmente por cristãos e combatem rebeldes, essencialmente muçulmanos, da coalizão Seleka, que tomou o poder no país em março de 2013 para em seguida perdê-lo em janeiro de 2014. Os dois grupos são acusados de graves violações dos direitos humanos.
Os autores do sequestro protestavam contra a prisão de Rodrigue Ngaibona, aliás "general Andjilo", um de seus líderes, suspeito de ser um dos responsáveis por massacres de muçulmanos na capital centro-africana. "Não foi fácil, mas conseguimos libertar os dois reféns", disse à AFP Sébastien Wenezui, autoridade 'anti-balaka', explicando que vários líderes do movimento conseguiram convencer os sequestradores a soltar a francesa.