A enfermeira britânica contaminada pelo vírus Ebola, Pauline Cafferkey, deixou o hospital onde estava internada desde o final de dezembro, em Londres, após ter se "restabelecido completamente". A informação foi confirmada peço Royal Free Hospital neste sábado (24), em comunicado.
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"Estou apenas feliz de estar viva. Ainda não me sinto 100% bem, pois estou fraca, mas não vejo a hora de voltar para casa", declarou a enfermeira de 39 anos, agradecendo toda a equipe médica responsável por seu tratamento. Pauline Cafferkey "se restabeleceu completamente e não leva mais o vírus que ela contraiu enquanto ajudava pacientes contaminados pelo Ebola em Serra Leoa", explicou o hospital.
"Estamos felizes que Pauline tenha se recuperado e esteja em boas condições de saúde para voltar para casa", disse Michael Jacobs, médico responsável pelos cuidados à enfermeira. Pauline foi diagnosticada em Glasgow, na Escócia, em 29 de dezembro, após deixar Serra Leoa, onde trabalhava como enfermeira num centro britânico em Kerry Town, para a organização Save the Children.
Ela foi transferida para o Royal Free Hospital, que anteriormente tratou com sucesso o enfermeiro britânico William Pooley, também vítima do vírus Ebola em Serra Leoa. Colocada em isolamento, ela não pode receber o composto ZMapp, droga experimental administrada em diversas pessoas infectadas pelo Ebola, mas que não estava "mais disponível atualmente", segundo o hospital.
Pauline aceitou receber plasma de um sobrevivente da febre hemorrágica, além de se submeter a um tratamento antiviral experimental. Ela viu seu estado de saúde se deteriorar e ficou em estado crítico durante mais de uma semana. Em 12 de janeiro, o hospital anunciou que ela já não estava mais em estado crítico, embora continuasse na unidade de isolamento para receber tratamentos específicos.
O vírus Ebola, uma verdadeira praga na África ocidental em 2014, começou sua fase de retrocesso nos três países mais afetados (Libéria, Guiné e Serra Leoa), onde o número de novos casos caiu em janeiro ao seu menor nível desde agosto. Segundo os últimos números da Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia matou 8.688 pessoas de um total de 21.759 casos.