O promotor argentino Alberto Nisman será enterrado nesta quinta-feira em meio às dúvidas a respeito de sua morte em 18 de janeiro, que dividem o país sobre se seria um suicídio ou um assassinato encomendado.
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Na véspera, o corpo de Nisman foi levado do necrotério até um prédio da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia). No local foi feito "o ritual de lavagem do corpo, de acordo com o estabelecido pela tradição judaica", informou a organização.
Com a ajuda de fiéis ortodoxos e de agentes da polícia portenha, o veículo deixou o bairro de Once, de maioria judia e no centro de Buenos Aires, para ser velado em uma casa funerária em Belgrano, ao norte da capital.
Em um movimento espontâneo, várias pessoas penduraram nos muros próximos cartazes com mensagens de apoio aos familiares de Nisman.
O promotor foi encontrado sem vida em 18 de janeiro, com um tiro na cabeça. Seu enterro acontece após 11 dias de investigação sobre a misteriosa morte.
Quatro dias antes de seu óbito, ele denunciou a presidente Cristina Kirchner e o ministro argentino das Relações Exteriores, Héctor Timerman, de elabolarem um plano para acobertar iranianos acusados de envolvimento no atentado à Amia, em 1994.