Ao menos 16 pessoas morreram nesta quarta-feira em Taiwan e 27 seguiam desaparecidas depois que um avião da TransAsia Airways se chocou contra uma ponte e caiu em um rio, no segundo acidente sofrido pela companhia em sete meses.
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Quinze das 58 pessoas que estavam a bordo do avião foram resgatadas e acredita-se que os 27 desaparecidos estejam presos no interior da aeronave, segundo os serviços de resgate. Muitos dos passageiros eram turistas chineses.
Um vídeo feito por um cinegrafista amador registrou o espetacular acidente do ATR 72-600 de turbina, que cobria um voo interno e voava em baixa altitude quando se chocou contra a ponte e caiu no rio.
Cerca de cem soldados, dezenas de socorristas, oito botes salva-vidas, 15 ambulâncias e uma grua foram mobilizados para tentar salvar os passageiros.
"Tentamos levantar a parte dianteira da aeronave onde acreditamos que a maioria dos passageiros está", disse à AFP Lin Kuan-cheng, chefe das operações de socorro.
Imagens da televisão mostravam os socorristas agarrados à fuselagem do avião retirando os passageiros com a ajuda de cordas.
Os resgatados, entre eles duas crianças, foram colocados em um bote e transferidos à margem do rio, onde foram colocados em macas e transportados para ambulâncias.
O acidente ocorreu às 11h00 locais (01h00 de Brasília), minutos após o avião decolar do aeroporto de Songshan, em Taipei, com destino à ilha de Kinmen.
Por enquanto, são desconhecidas as causas do acidente com a aeronave, cujas caixas-pretas foram encontradas pelos serviços de resgate.
Segundo a imprensa chinesa, 31 dos passageiros do avião eram provenientes do continente, da cidade de Xiamen, situada na província de Fujian, do outro lado do estreito de Taiwan.
"Tentamos nos comunicar com os passageiros, mas os telefones não respondem", disse um operador turístico que havia organizado a viagem de 15 pessoas, entre elas três menores de 10 anos.
O avião ATR 72-600 tinha menos de um ano de serviço e havia sido revisado há uma semana, declarou o diretor da Administração Aeronáutica de Taiwan, Lin Chih-ming.
O piloto tinha 14.000 horas de voo e o copiloto 4.000 horas, acrescentou Lin.
"Queremos transmitir nossas desculpas às famílias das vítimas", disse o diretor-executivo da TransAsia, Peter Chen, em uma coletiva de imprensa televisionada.
No dia 23 de julho passado uma aeronave da TransAsia caiu com 54 passageiros e quatro membros da tripulação a bordo em uma ilha do arquipélago turístico de Penghu, em frente à costa ocidental de Taiwan. Apenas dez pessoas sobreviveram.
Há vários meses, o transporte aéreo civil asiático registra uma série negra de catástrofes.
No dia 8 de março de 2014, um Boeing 777 da companhia malaia Malaysia Airlines desapareceu depois de ter decolado de Kuala Lumpur rumo a Pequim com 239 pessoas a bordo.
Até hoje não foi encontrado nenhum destroço do avião que, segundo os especialistas, caiu no sul do oceano Índico.
No dia 17 de julho de 2014, outro Boeing 777 da Malaysia Airlines, com 298 pessoas a bordo, foi derrubado por um míssil no leste da Ucrânia, onde um conflito armado opõe o exército ucraniano e os rebeldes pró-russos.
E no dia 28 de dezembro uma aeronave da companhia de baixo custo AirAsia caiu no mar de Java, em frente à Indonésia, provocando a morte de 162 pessoas.