Um egípcio foi condenado nesta sexta-feira nos Estados Unidos a 25 anos de prisão por conspirar para matar cidadãos americanos nos atentados de 1998 contra as embaixadas na África, que deixaram 224 mortos.
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Adel Abdel Bary, extraditado para os Estados Unidos da Grã-Bretanha em 2012, declarou-se culpado em setembro passado por três acusações de trabalhar com a Al-Qaida e a organização Jihad Islâmica Egípcia.
Bary já passou 16 anos em prisões britânicas e americanas.
Entre 1997 e 1998 ele dirigiu a célula londrina da Jihad Islâmica Egípcia - então liderada por Ayman al-Zawahiri, que agora é o chefe da rede Al-Qaeda - e ambos os grupos foram fundidos.
Bary transmitiu à imprensa a reivindicação da Al-Qaeda pelos atentados contra as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, que deixaram mais de 5.000 feridos.
Ele também enviou aos meios de comunicação na França, Qatar e Emirados Árabes Unidos ameaças de ataques futuros pela Al-Qaeda no dia após os atentados às embaixadas.
Suspeita-se que o filho de Bary, Abdel Majed Abdel Bary, juntou-se aos combatentes extremistas que lutam na Síria contra o governo de Bashar al-Assad.
Ao declarar-se culpado, Bary evitou a pena de prisão perpétua.
Seu suposto cúmplice - o saudita Khalid al-Fawwaz, suposto líder da célula da Al-Qaeda em Londres - está sendo julgado em Nova York.
Em 7 de agosto de 1998, um carro-bomba explodiu na embaixada dos Estados Unidos em Nairobi matando 213 pessoas e ferindo outras 5.000.
Quase ao mesmo tempo, um carro-bomba explodiu em frente à missão americana na Tanzânia, matando 11 pessoas e deixando 70 feridos.