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SpaceX adia para terça novo lançamento da nave de observação solar

A nova tentativa acontecerá às 18H05 locais de terça-feira (21H05 de Brasília), dependendo das condições climáticas

Da AFP
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Publicado em 09/02/2015 às 16:32
Foto: JOEL KOWSKY / NASA TV / AFP
A nova tentativa acontecerá às 18H05 locais de terça-feira (21H05 de Brasília), dependendo das condições climáticas - FOTO: Foto: JOEL KOWSKY / NASA TV / AFP
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A empresa americana SpaceX, que adiou no último minuto no domingo o lançamento da nave espacial Falcon 9 de observação solar devido a problemas com um radar e um transmissor no primeiro estágio do foguete propulsor, fará uma nova tentativa de lançamento terça ou quarta-feira.

A princípio, a nave deveria ter sido lançada às 18H10 locais de domingo (21h10 de Brasília) de Cabo Cañaveral, na Flórida (sudeste). Uma nova tentativa foi marcada para as 18H07 locais desta segunda-feira (21H07 de Brasília), mas as fortes chuvas que caem no sudeste dos Estados Unidos obrigaram a companhia a adiar mais uma vez o lançamento.

"As equipes preferem lançar o foguete terça ou quarta porque os prognósticos indicam um clima mais favorável", informou a Nasa em seu site.

A nova tentativa acontecerá às 18H05 locais de terça-feira (21H05 de Brasília), dependendo das condições climáticas. A outra janela de lançamento será na quarta-feira, às 18H03 locais (21H03 de Brasília).

O lançamento da nave não tripulada Observatório Climático Deep Space (DSCOVR), a bordo do foguete SpaceX Falcon 9, será a realização de um sonho do ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ativista climático Al Gore, depois de o equipamento ter permanecido armazenado na Nasa por anos. A DSCOVR custou 340 milhões de dólares.

Seu objetivo é ajudar os meteorologistas espaciais, através da compilação de dados sobre os ventos solares e as tempestades geomagnéticas que podem causar danos aos sistemas elétricos na Terra.

O Falcon 9 transportará o satélite de previsão e observação dos ventos solares "Observatório Climático Deep Space", uma missão conjunta que custa 340 milhões de dólares entre a Nasa, a Agência Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) e a Força Aérea americana.

Depois de se separar do segundo estágio 165 segundos após a decolagem, o primeiro estágio subirá a uma altitude máxima de 130 km e ativará seus retrofoguetes para frear sua queda impulsionada a mais de 2.000 quilômetros por segundo. Voltará a colocá-los em funcionamento antes de pousar, quando a velocidade será reduzida a poucas centenas de metros por segundo, explicou o vice-presidente de segurança da missão, Hans Koenigsmann.

Controlar o primeiro estágio da Falcon, que mede o equivalente a um edifício de 14 andares, é extremamente difícil, ressaltou em diversas ocasiões a SpaceX, com sede na Califórnia.

Após o lançamento, a SpaceX fará outra tentativa para guiar e recuperar no Oceano Atlântico o primeiro estágio de seu foguete Falcon 9.

Esta será a segunda tentativa de resgate. No dia 10 de janeiro, o primeiro estágio havia chegado bem à plataforma, mas se rompeu em vários pedaços.

Para Hans Koenigsmann, o pouso forçado do primeiro estágio do Falcon 9 em janeiro, após o lançamento da cápsula Dragon para uma quinta missão de abastecimento da Estação Espacial Internacional (ISS), na realidade não foi um fracasso.

"Estávamos perto e não encaro como um fracasso, mas como um passo no desenvolvimento da tecnologia para alcançar uma aterrissagem perfeita", declarou no sábado.

"Solucionamos os problemas. Esperamos que tudo corra bem desta vez", disse Koenigsmann em uma coletiva de imprensa no sábado, onde, no entanto, esclareceu que "esta nova tentativa será mais difícil", já que a velocidade de retorno à atmosfera do primeiro estágio será muito maior.

Portanto, "as possibilidades de êxito são menores", disse.

Segundo ele, a SpaceX resolveu um problema técnico que contribuiu para a primeira falha, ao adicionar tanques para fornecer fluido suficiente para controlar o leme durante a descida.

A SpaceX trabalhou durante dois anos no desenvolvimento de tecnologias para recuperar esta parte do lançador, o que um dia permitirá voltar a utilizá-lo várias vezes, reduzindo significativamente os custos de lançamento de satélites e naves espaciais.

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