Strauss-Kahn

Ex-diretor do FMI, acusado de proxenetismo, afirma não ter cometido crime

O ex-diretor do FMI é acusado de ser o principal beneficiário de festas e orgias organizadas por empresários franceses em Lille, Paris e Washington

Da AFP
Cadastrado por
Da AFP
Publicado em 10/02/2015 às 10:29
Foto: PHILIPPE HUGUEN / AFP
O ex-diretor do FMI é acusado de ser o principal beneficiário de festas e orgias organizadas por empresários franceses em Lille, Paris e Washington - FOTO: Foto: PHILIPPE HUGUEN / AFP
Leitura:

O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn afirmou que não cometeu "nenhum crime ou delito" e rejeitou qualquer "atividade desenfreada", na abertura nesta terça-feira de sua audiência no tribunal penal de Lille, norte da França, onde está sendo julgado por proxenetismo.

Vestido com um terno azul marinho, o ex-político francês apareceu tenso ao comparecer perante à Justiça.

A audiência começou pouco antes das 10h00 GMT (8h00 de Brasília), com a leitura pelo tribunal de uma carta enviada pelo próprio Strauss-Kahn a especialistas psiquiátricos encarregados de analisar sua personalidade. 

"Eu não cometi nenhum crime ou delito", ele escreveu.

"DSK" negou então diante dos juízes qualquer "atividade desenfreada", referindo-se às festas libertinas organizadas por um círculo de amigos, na presença de prostitutas recrutadas para agradá-lo, o que provocou o indiciamento com outras 13 pessoas.

"Quando lemos o ORTC (a ordem de comparecimento perante o tribunal criminal) temos a impressão de uma atividade frenética", em que as datas são misturadas de maneira imprecisa, lamentou Strauss-Kahn. 

"Não houve nenhuma atividade desenfreada", acrescentou.

DSK, que era considerado o favorito para a eleição presidencial de 2012 na França, tem três dias para convencer os juízes de que não tinha conhecimento de que as mulheres que participaram dos encontros eram prostitutas.

Ele sempre alegou ignorar que suas parceiras eram prostitutas, dizendo tratar-se de uma simples libertinagem consentida entre adultos.

O ex-diretor do FMI pode ser condenado a uma pena máxima de 10 anos de prisão e uma multa de 1,5 milhão de euros por proxenetismo agravado neste julgamento.

Últimas notícias