Execução

Primeiro-ministro pressiona Indonésia para evitar execuções de dois australianos

As autoridades indonésias confirmaram que os australianos estarão no próximo grupo de prisioneiros que vão enfrentar o pelotão de fuzilamento

Da AFP
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Publicado em 18/02/2015 às 11:40
Foto: SONNY TUMBELAKA / AFP
As autoridades indonésias confirmaram que os australianos estarão no próximo grupo de prisioneiros que vão enfrentar o pelotão de fuzilamento - FOTO: Foto: SONNY TUMBELAKA / AFP
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O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, pediu nesta quarta-feira (18) a Indonésia para lembrar da importante ajuda do país quando ocorreu o devastador tsunami de 2004, elevando a pressão para que Jacarta poupe dois cidadãos australianos atualmente no corredor da morte.

As autoridades indonésias confirmaram que Andrew Chan, de 31 anos, e Myuran Sukumaran, de 33, do chamado grupo dos nove de Bali, que fazia tráfico de heroína, estarão no próximo grupo de prisioneiros que vão enfrentar o pelotão de fuzilamento. Jacarta não revelou ainda quando as execuções serão feitas. 

Tony Abbott afirmou que continua fazendo “as mais fortes representações pessoais” ao presidente indonésio, Joko Widodo, advertindo que ficaria “tremendamente desiludido” se os seus pedidos de clemência forem ignorados.

“A Austrália deu assistência no valor de US$ 1 bilhão”, afirmou Abbott, referindo-se à ajuda concedida na sequência do tsunami que deixou 220 mil mortos em 14 países, dos quais quase 170 mil na Indonésia.

“Nós enviamos um considerável contingente das nossas Forças Armadas para apoiar a Indonésia com ajuda humanitária”, destacou o primeiro-ministro, acrescentando que a Austrália está sempre disponível para ajudar a Indonésia e que espera reciprocidade neste momento.

Nessa terça-feira (17), Chan e Sukumaran tiveram um pouco de esperança, uma vez que a transferência para o estabelecimento prisional onde serão executados foi adiada. O gabinete do procurador-geral da Indonésia demonstrou que a execução não ocorrerá esta semana.

O adiamento ocorreu em resposta ao pedido da Austrália para que os dois cidadãos passassem mais tempo com seus parentes. O governo australiano argumentou, ainda, as dificuldades logísticas relacionadas com a capacidade da prisão da Ilha de Nusakambangan.

Jacarta insistiu que a execução dos australianos ocorrerá e negou os pedidos de clemência.

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