O devastador ciclone Marcia tocou terra nesta sexta-feira em uma área densamente povoada do nordeste da Austrália, enquanto as autoridades alertaram para seus efeitos catastróficos.
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"O intenso ciclone tropical Marcia (...) está se movendo atualmente pela Costa de Capricórnio", ao norte da localidade de Yeppoon, informou o Serviço Meteorológico da Austrália em sua conta no Twitter.
Nas regiões vizinhas a Yeppoon (situada a 1.300 km da capital, Canberra) e nas localidades costeiras próximas, 16 mil pessoas poderiam ser evacuadas.
"Espera-se que continue se movendo para o sul por terra, mas próximo da costa", completou o órgão.
Mais cedo, as autoridades australianas já tinham alertado os moradores da região para que se preparassem para enfrentar uma experiência que pode ser "pungente e terrível".
Segundo projeções, o ciclone, que tem 70 km de extensão, pode provocar grandes ondas, chuvas intensas, inundações e rajadas de vento de até 295 km/h.
"Será uma calamidade, sem dúvida", alertou o comandante da Polícia de Queensland, Ian Stewart, acrescentando que a situação é "crítica".
"Este é um sistema extremamente perigoso", disse à emissora ABC o chefe de previsões meteorológicas do Serviço de Meteorologia de Queensland, Sam Campbell.
Para o especialista, é provável que haja danos significativos em tetos, edifícios, com apagões generalizados e escombros voando.
A primeira-ministra do estado de Queensland, Anna Palaszczuk, pediu aos moradores que comecem a se preparar. "Este é um ciclone forte. Quero que todos tomem todas as precauções que puderem", frisou.
Segundo a funcionária, o fenômeno afetará com mais intensidade a localidade de Yeppoon e que, à medida que for se deslocando pela costa de Capricórnio, reduzirá sua potência.
"Nas próximas horas, milhares de moradores de Queensland, vão viver uma experiência pungente e terrível, e quero que saibam que estamos com vocês a todo momento", acrescentou Anna Palaszczuk.
Outro forte ciclone, denominado Lam, avança para as localidades aborígenes de Milingimbi e Gapuwiyak, na região do Território do Norte. Os meteorologias classificaram os dois fenômenos como "muito destrutivos".