Alistamento

Reino Unido afirma que três meninas viajaram à Síria para se unir ao Estado Islâmico

Suspeita de que elas teriam se associado ao EI surgiu após uma delas entrar em contato com uma jovem que foi para a Síria

Da Folhapress
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Publicado em 25/02/2015 às 11:32
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O Reino Unido afirmou nesta terça (24) acreditar que três adolescentes de Londres que viajaram à Turquia conseguiram entrar na Síria, onde devem se alistar no Estado Islâmico.

As amigas Amira Abase, 15, Shamina Begum, 15, e Kadiza Sultana, 16, viajaram em 17 de fevereiro para Istambul. As três são amigas de outra adolescente da mesma escola, que chegou à Turquia em dezembro e acredita-se que já esteja na Síria.

Segundo a Polícia Metropolitana de Londres, a suspeita de que elas teriam se associado ao Estado Islâmico surgiu após uma delas, Shamina Begum, enviar uma mensagem pelo Twitter para a escocesa Aqsa Mahmood, 20.

Mahmood deixou o Reino Unido em 2013 em direção à Síria, onde se casou com um membro da milícia radical e se tornou uma das principais influenciadoras de mulheres para ingressar às filas jihadistas.

Outra das meninas, Kadiza Sultana, também seguia páginas ligadas a grupos radicais islâmicos na internet. As famílias afirmam que nenhuma das três davam sinais de que haviam se radicalizado e que se surpreenderam com a viagem.

Os pais fizeram apelos na televisão britânica para que as filhas voltassem. O professor-chefe da escola onde elas estudavam, Mark Keary, disse que não detectaram sinais de radicalização e que aumentaram a vigilância nas redes sociais no colégio após a viagem de Aqsa Mahmood à Síria.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que as meninas pareciam ter sido radicalizadas "dentro de seus quartos" e pediu mais controle das empresas de redes sociais para evitar o crescimento do extremismo on-line.

Ele pediu que as empresas de redes sociais façam mais para lidar com o crescimento do extremismo on-line e pediu que as companhias aéreas aumentem os controles para evitar que crianças e adolescentes viajem sozinhos.

CRISE DIPLOMÁTICA

Cameron também criticou a falta de vigilância das companhias aéreas para evitar que os adolescentes viajem sozinhos, o que provocou irritação da Turquia, dona da Turkish Airlines, empresa usada pelas meninas para ir a Istambul.

O vice-primeiro-ministro turco, Bulent Arinc, acusou os britânicos de levarem muito tempo para alertá-los sobre a viagem das adolescentes. O Reino Unido nega e diz que as autoridades turcas foram avisadas logo após a viagem.

O caso mostra o aumento da preocupação com a presença de europeus nas filas de facções jihadistas. A Scotland Yard afirma que 600 islâmicos britânicos viajaram à Síria e ao Iraque para se alistar em milícias, dentre elas o Estado Islâmico.

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