O presidente Bashar al-Assad "não pode ser o futuro da Síria" após quatro anos de guerra, já que representa "a injustiça, a desordem e o terror", afirmaram nesta sexta-feira os ministros das Relações Exteriores francês e britânico em uma coluna publicada pelo Le Monde e Al-Hayat.
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Tanto Laurent Fabius quanto Philip Hammond, ministros das Relações Exteriores da França e do Reino Unido, mostram-se preocupados "pelo processo de autorreabilitação" colocado em andamento, segundo eles, pelo presidente sírio.
"Nos meios de comunicação ocidentais, tentam se aproveitar do pavor gerado pelos extremistas para se apresentar como uma defesa contra o caos. Alguns parecem sensíveis a este discurso: frente ao terror, dizem, a injustiça e a ditadura seriam preferíveis à desordem", prosseguem os dois ministros.
Este posicionamento é feito após a controversa viagem de quatro deputados franceses a Damasco, três dos quais se reuniram com Assad, chamado de "açougueiro" pelas autoridades francesas. A coluna foi publicada num momento em que mais vozes pedem a retomada do contato com o regime de Damasco para lutar contra os jihadistas do Estado Islâmico.
Ambos afirmam que o presidente sírio "não para de se enfraquecer" e prometem que Paris e Londres "não pouparão esforços" para alcançar uma solução negociada.
