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Líder curdo pede 'solução democrática' de conflito com a Turquia

Mais de 40 mil pessoas, a maioria curdas, já morreram durante as batalhas para a criação de um território curdo no leste do país

Da Folhapress
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Publicado em 28/02/2015 às 16:15
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As frágeis tratativas para encerrar o conflito entre o povo curdo e a Turquia, que já dura mais de 30 anos, recebeu um importante impulso neste sábado (28).

Em uma declaração lida na TV, Abdullah Ocalan, reconhecido líder da etnia e preso desde 1999, disse que aguarda por uma "decisão histórica" a fim de obter uma "solução democrática" para a disputa. Ocalan pediu a realização de um encontro formal para discutir o fim do conflito armado.

Mais de 40 mil pessoas, a maioria curdas, já morreram durante as batalhas para a criação de um território curdo no leste da Turquia, onde os membros da etnia compõem cerca de 20% da população.

Ocalan foi um dos fundadores, em 1978, do PKK, organização nacionalista curda considerada terrorista pelo governo turco.

A mensagem na televisão foi lida pelo deputado Sirri Sureyya Onder. "Estamos no processo de encerrar um conflito de 30 anos, na forma de uma paz perpétua, e nosso principal objetivo é alcançar uma solução democrática", dizia a declaração.

Ocalan mantém influência sobre as lideranças do PKK e costuma ter seus pedidos atendidos por seu partido.

O líder preso já havia declarado um cessar-fogo no começo de 2013. Segundo analistas a mensagem deste sábado é o passo mais importante na busca pela paz desde então.

A declaração foi lida na presença de uma autoridade turca graduada, sugerindo que o governo concorda com as demandas apresentadas no texto.

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