A Rússia não quer o colapso econômico da Ucrânia, disse nesta quarta-feira a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, ao saudar o acordo entre os dois países sobre o fornecimento de gás.
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"Acho que a Rússia não quer que a Ucrânia entre em crise porque não seria de seu interesse, já que é um fornecedor, porque quer que lhe pague. É uma economia que está na sua fronteira e com quem mantém relações comerciais e financeiras", disse em uma entrevista à emissora de TV americana MSNBC.
"A Ucrânia está em uma situação muito difícil, mas há 20 anos que temos relações com esse país, que se comprometeu a reformar sua economia, enfrentar tabus de muito e quer estabelecer uma economia de mercado", disse Lagarde.
"Mas ao mesmo tempo, existe esse conflito no leste do país que provoca grandes destruições e perdas de vidas humanas. É como tentar avançar com um pesado fardo sobre as costas", declarou.
Lagarde comentou ainda que a comunidade internacional, incluído o FMI, dará apoio financeiro "massivo" a Kiev, mas "tudo dependerá da estabilização do leste da Ucrânia e o fim do conflito". O Fundo Monetário Internacional deve contribuir, em especial, para o pacote de ajuda financeira com 17,5 bilhões de dólares.
Lagarde celebrou o acordo entre Moscou e Kiev na segunda-feira sobre fornecimento de gás. Para ela, a Rússia não deveria exigir o reembolso antecipado de 3 bilhões de dólares
A Rússia concedeu no fim de 2013 um empréstimo de 15 bilhões à Ucrânia, depois da decisão do ex-presidente pró-russo Viktor Yanukovich de abandonar a aproximação com a União Europeia.
