O governo da Indonésia anunciou nesta quinta-feira que prosseguirá com as execuções previstas de dois australianos condenados por narcotráfico e de outros detentos estrangeiros, descartando assim uma proposta de troca de presos apresentada pela Austrália.
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"De acordo com as ordens do presidente, a pena de morte decidida contra os condenados será aplicada", afirmou o ministro da Segurança, Tedjo Edhy Purdijatno.
Entre os 10 presos estrangeiros condenados à pena capital está o brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos.
Ele foi condenado à morte por entrar no país com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surf e está preso na Indonésia desde 2004. A família tenta provar às autoridades que sofre de esquizofrenia para evitar o fuzilamento, com a transferência para um centro psiquiátrico.
No dia 18 de janeiro, a Indonésia executou o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, um holandês, um vietnamita, um malauiano e um nigeriano. As primeiras execuções no país desde 2013 provocaram uma onda de indignação internacional.
Dezenas de indonésios e estrangeiros de 15 países condenados à pena capital por casos envolvendo entorpecentes estão no corredor da morte na Indonésia, que tem uma das legislações mais severas do mundo em matéria de drogas.
O novo presidente indonésio, Joko Widodo, afirmou pouco depois de chegar ao poder, em outubro, que não concederia nenhum indulto aos condenados à morte por narcotráfico. Considera que seu país vive uma situação de estado de urgência em matéria de entorpecentes, que provocam a morte de dezenas de jovens todos os dias.