As famílias das três adolescentes que fugiram em meados de fevereiro de Londres para a Síria criticaram a polícia britânica por não as ter alertado sobre o risco de radicalização das jovens.
As três jovens, Shamima Begum de 15 anos, Kadiza Sultana de 16, e Abase Amira, de 15, deixaram Londres no dia 17 de fevereiro em direção a Istambul. Acredita-se que, desde então, uniram-se ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria.
Todas as três haviam sido ouvidas pela polícia em dezembro, enquanto a polícia investigava o desaparecimento de uma de suas amigas que teria partido para a Síria.
A polícia, então, entregou a elas um documento destinado a seus pais pedindo permissão para uma audiência mais aprofundada. Mas as meninas não entregaram esse documento a seus pais.
"Nós não estaríamos aqui hoje se tivéssemos visto a carta", considerou a irmã de Kadiza, Halima Khanom, lamentando que a polícia não tenha entrado em contato diretamente com as famílias.
"Nós teríamos impedido que partissem. Teríamos discutido e confiscado seus passaportes. Isso não teria acontecido", assegurou o pai de Amira, Abase Hussein.
A Scotland Yard se defendeu, negando qualquer falha.
"Nada sugeria naquele momento que essas meninas também representavam um risco e o seu desaparecimento foi muito surpreendente, particularmente para as famílias", indicou a polícia em um comunicado.