O polêmico general Khalifa Haftar foi nomeado nesta segunda-feira oficialmente como o comandante-em-chefe do exército líbio e prestou juramento no Parlamento reconhecido pela comunidade internacional. O juramento aconteceu uma semana depois do presidente do Parlamento ter designado o general de 72 anos para o cargo.
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Haftar já havia se autoproclamado comandante do Exército Nacional Líbio (ANL), uma força paramilitar formada, sobretudo, por oficiais que desertaram do exército do falecido líder Muamar Khadafi, e que combate há vários meses os grupos islamitas do leste da Líbia. Oficial da reserva e de personalidade controversa, Haftar liderou a operação "Dignidade" contra os grupos islamitas que controlam a cidade de Benghazi.
As autoridades acusaram Haftar em um primeiro momento de executar um "golpe de Estado", mas depois o apoiaram após a tomada de Trípoli em agosto pela Fajr Libya, uma coalizão de milícias. O país enfrenta o caos desde a queda de Khadafi em 2011. As autoridades não conseguem controlar as dezenas de milícias formadas por insurgentes.
O poder está dividido entre dois Parlamentos e dois governo, um ligado às milícias islamitas e outro reconhecido pela comunidade internacional. Após a perda da capital, o Parlamento formado nas eleições de 25 de junho e reconhecido pela comunidade internacional se transferiu para Tobruk (leste), cidade controlada pelas forças de Haftar.
A Fajr Libya, que controla o Parlamento de Trípoli, é contrária ao general Haftar e descarta qualquer envolvimento deste último em uma futura solução política.