Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira que enviarão drones de observação e 230 veículos militares à Ucrânia e que aplicarão novas sanções contra os separatistas pró-russos, depois de acusar Moscou de violar constantemente o cessar-fogo.
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Drones de observação Raven e veículos Humvees, entre eles 30 blindados, assim como equipamento militar de defesa não letal - no valor de 75 milhões de dólares - serão enviados nas próximas semanas a Kiev, disse um funcionário de alto escalão sob condição de anonimato.
Esta nova entrega de material militar à Ucrânia foi discutida nesta quarta-feira por telefone entre o vice-presidente americano, Joe Biden, e o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, indicou a mesma fonte.
Em paralelo, o Departamento do Tesouro anunciou nesta quarta-feira novas sanções contra os separatistas pró-russos do leste da Ucrânia, um banco russo e ex-ministros do governo do presidente ucraniano deposto, Viktor Yanukovitch.
Ao menos oito autoridades da região separatista de Donetsk e do Russian National Commercial Bank, ativo na Crimeia desde sua anexação à Rússia, foram incluídos na lista negra dos Estados Unidos, disse o Tesouro em um comunicado.
Outros três ex-funcionários de Yanukovitch, entre eles o ex-primeiro-ministro Mykola Azarov, foram incluídos na lista de sancionados, levando ao congelamento de seus potenciais ativos nos Estados Unidos e à proibição de os americanos fazerem negócios com eles.
"Desde o início da crise mostramos que fazemos aqueles que violam a soberania e a integridade territorial da Ucrânia pagarem" por suas ações, declarou Adam Szubin, secretário-adjunto do Tesouro a cargo da luta contra o terrorismo, citado no texto.
As novas sanções ocorrem após semanas de críticas da Casa Branca a Moscou, acusado por ela de enviar tropas e armas à fronteira com a Ucrânia para apoiar os rebeldes pró-russos.
Os Estados Unidos já enviaram outros equipamentos militares não letais à Ucrânia para ajudar na luta contra os separatistas, como radares anti-morteiros ou óculos de visão noturna.
A Casa Branca ainda não tomou uma decisão em relação ao envio de armas letais, como mísseis anti-blindados exigidos pela Ucrânia.
Vários funcionários de alto escalão americanos de defesa se pronunciaram a favor destes envios, mas os aliados dos Estados Unidos na Otan, como Alemanha e França, se opõem por medo de uma escalada do conflito, que já deixou mais de 5.600 mortos.