A Rússia anunciou nesta quarta-feira o lançamento de um "ano de amizade" com a Coreia do Norte que incluirá a visita em maio a Moscou do líder norte-coreano Kim Jong-Un, sua primeira visita a um país estrangeiro.
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Segundo o Ministério das Relações Exteriores russo, os dois países, que foram aliados durante a Guerra Fria, acordaram um programa de intercâmbio cultural para reforçar seus laços.
A aproximação coincide com o 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e sobretudo com a tentativa da Rússia de compensar suas más relações com os países ocidentais devido ao conflito na Ucrânia.
Nos últimos meses Moscou reforçou suas relações com países como Venezuela ou China para contrabalançar as sanções econômicas pelo conflito ucraniano e pela queda do petróleo. Por sua vez, Kim Jong-Un tenta reduzir sua dependência da China, seu principal sócio político e econômico.
Kim Jong-Il, o líder norte-coreano anterior e pai de Kim Jong-Un, visitou a Rússia em agosto de 2011 e depois de viajar em um trem blindado se reuniu na Sibéria com o ex-presidente russo Dmitri Medvedev.
A Rússia espera poder concretizar um projeto no valor de 25 bilhões de dólares (20 bilhões de euros) para renovar a rede ferroviária da Coreia do Norte em troca de ter acesso aos recursos minerais norte-coreanos.
O governo de Moscou também participa das negociações sobre o programa nuclear norte-coreano.