Exportação

Agricultores de Gaza voltam a exportar para Israel após 8 anos

A cada setenta anos no calendário judeu, os judeus praticantes ultraortodoxos não podem consumir produtos cultivados por judeus em Israel

Da AFP
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Publicado em 12/03/2015 às 16:09
Foto: SAID KHATIB / AFP
A cada setenta anos no calendário judeu, os judeus praticantes ultraortodoxos não podem consumir produtos cultivados por judeus em Israel - FOTO: Foto: SAID KHATIB / AFP
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Os agricultores de Gaza exportaram sua produção a Israel nesta quinta-feira pela primeira vez desde que o Estado israelense impôs seu bloqueio sobre o território palestino em 2006, segundo informaram funcionários e uma ONG. 

O setor agrário de Gaza, determinante para suas receitas, teve as exportações suspensas durante oito anos pelo bloqueio israelense, que controla o movimento de bens e de pessoas de um lado a outro do enclave costeiro. 

Israel anunciou na semana passada que permitirá a Gaza exportar sua produção, tanto para ajudar os agricultores como para satisfazer as necessidades religiosas dos judeus ultraortodoxos israelenses. 

A cada setenta anos no calendário judeu, os judeus praticantes ultraortodoxos não podem consumir produtos cultivados por judeus em Israel.

Três caminhões cheios de tomates e de berinjelas foram autorizados a passar por Kerem Shalom, controlado por Israel, de acordo com a ONG israelense de defesa dos direitos humanos Gisha em um comunicado.

O ministério da Defesa afirmou que cerca de 32 toneladas de hortaliças passaram por Kerem Shalom e afirmou que serão permitidas novas exportações, de até 1.500 toneladas de verduras por mês. 

Gaza atravessa uma situação financeira muito difícil, e abriga 100.000 deslocados palestinos desde a violenta guerra do ano passado entre Israel e Hamas, que provocou a morte de 2.200 moradores da Faixa de Gaza, na maioria civis. Do lado israelense, morreram 73 pessoas, quase todos militares.  

A comunidade internacional alertou que sem uma rápida reconstrução do território, outra guerra pode estar a caminho e que, além de ajuda humanitária, é preciso ressuscitar a economia de Gaza.

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