A Coreia do Norte disparou nesta quinta-feira sete mísseis ao mar, em sua costa oriental, em um contexto de novas tensões na península coreana, anunciou o ministério sul-coreano da Defesa.
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O líder norte-coreano Kim Jong-Un teria supervisionado pessoalmente a operação na quinta-feira à noite em uma base de lançamento na região da cidade de Sondok. Os disparos coincidem com as manobras militares anuais da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, que sempre provocam reações indignadas na Coreia do Norte, que as considera um teste geral para a invasão de seu território.
Os disparos de mísseis constituem uma "nova demonstração de força do Norte ante as manobras", disse à AFP o porta-voz do ministério sul-coreano da Defesa. Coreia do Sul e Estados Unidos concluíram nesta sexta-feira parte de suas manobras conjuntas.
As manobras, denominadas Key Resolve, começaram no dia 2 de março e mobilizaram cerca de 10 mil soldados sul-coreanos e outros 8.600 militares americanos. O general Curtis Scaparrotti, chefe do comando das forças conjuntas, afirmou nesta sexta-feira que os exercícios militares são "cruciais" para garantir a defesa da Coreia do Sul.
A outra fase das manobras - Foal Eagle - prosseguirá por mais seis semanas, com a participação de milhares de soldados, dos dois lados. Apesar de Seul e Washington afirmarem que trata-se de exercícios puramente defensivos, Pyongyang afirma que é a antessala de uma invasão.
Coreia do Norte e Coreia do Sul se tornaram Estados independentes em 1948 e a guerra da Coreia (1950-1953) reafirmou esta divisão. As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra porque após o armistício de 1953 não assinaram um tratado de paz.