Cuba recebe neste domingo a negociadora americana para o restabelecimento das relações bilaterais, Roberta Jacobson, com manifestações de apoio à Venezuela ante a lei de sanções do presidente Barack Obama.
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A imprensa estatal convocou o povo da capital para um grande show na noite deste domingo na escadaria da Universidade de Havana "em apoio ao povo e ao governo bolivarianos e pela paz, justiça e unidade latino-americanas".
"Vários artistas mostrarão com sua arte o respeito incondicional do povo cubano ao governo e ao povo bolivarianos que sofrem com a recente escalada de agressão dos Estados Unidos", afirmou um dos organizadores ao jornal Juventud Rebelde.
Jacobson, por sua vez, vai retomar a partir desta segunda-feira o diálogo bilateral sobre o restabelecimento das relações diplomáticas e a reabertura das embaixadas.
De acordo com os EUA, Jacobson se reunirá com a equipe cubana liderada pela diretora da Divisão de América do Norte do Ministério cubano das Relações Exteriores, a diplomata Josefina Vidal.
As duas negociadoras já tiveram duas rodadas de diálogo. A primeira aconteceu em janeiro, em Havana; e a segunda, em fevereiro, em Washington.
Segundo a diplomacia americana, as partes "estiveram em contato desde sua última reunião em fevereiro, em Washington".
Ainda não há uma definição sobre a duração das reuniões, mas uma fonte de alto escalão do Departamento disse à AFP que Jacobson pode estar de volta a Washington até metade da semana.
A fonte consultada pela AFP explicou que "essa terceira reunião não foi planejada, mas estava previsto que o mecanismo funcionaria desse jeito".
Até o momento, completou, "as negociações foram conduzidas de forma profissional, cortês e respeitosa, e não há razões para que esse ambiente de diálogo mude".
De acordo com a fonte da AFP, o avanço dos entendimentos marcha no ritmo "que estava previsto".
"Não se pode esperar deixar para trás 50 anos de falta de confiança em um mês. Acreditamos que o ritmo até agora foi bastante bom", acrescentou o funcionário.
Estados Unidos e Cuba surpreenderam o mundo, em 17 de dezembro do ano passado, ao anunciar a decisão conjunta de deixar para trás meio século de tensões e iniciar o processo de restabelecimento das relações diplomáticas.
Washington manifestou seu desejo de que os dois países possam comunicar a reabertura das respectivas embaixadas antes da Cúpula das Américas, que acontece em 10 e 11 de abril, no Panamá.