Eleições

Israel: sistema eleitoral é tão plural quanto instável

As últimas eleições tinham ocorrido em junho de 2013, portanto, sem a antecipação promovida por Netanyahu, seriam realizadas novamente apenas em 2017

Da AFP
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Publicado em 17/03/2015 às 16:52
Foto: MENAHEM KAHANA / POOL / AFP
As últimas eleições tinham ocorrido em junho de 2013, portanto, sem a antecipação promovida por Netanyahu, seriam realizadas novamente apenas em 2017 - FOTO: Foto: MENAHEM KAHANA / POOL / AFP
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O sistema eleitoral israelense assegura uma ampla representação no Parlamento (Knesset) à maioria de correntes políticas do país, mas não deixam de existir críticas ao fato de Israel estar se tornando cada vez mais ingovernável.

A regra da proporcionalidade integral tem apenas uma restrição: obter um mínimo de 3,25% dos votos para entrar no Parlamento.

Esse limite, que já foi de 2%, subiu em março de 2014 por iniciativa da coalizão governamental do primeiro-ministro direitista, Benjamin Netanyahu.

Todos os deputados de oposição, então, passaram a boicotar os debates diante do risco de exclusão dos partidos menores.

O mínimo de 3,25% levou os quatro principais partidos árabe-israelenses a formar, pela primeira vez, uma lista comum nas eleições legislativas para evitarem ficar de fora da Knesset. As pesquisas de intenção de voto preveem que a Lista Árabe Unificada ficará com cerca de 12 assentos.

No total, muitos partidos pequenos estarão presentes no Parlamento, complicando a formação de um governo e contribuindo para a instabilidade crônica das coalizões governamentais.

Apenas seis entre as 19 formações parlamentares anteriores chegaram ao fim dos quatro anos de legislatura. As últimas eleições tinham ocorrido em junho de 2013, portanto, sem a antecipação promovida por Netanyahu, seriam realizadas novamente apenas em 2017.

 

Presidente deve nomear líder de coalizão em até uma semana

Nesta terça-feira (17), 25 legendas partidárias disputam os votos de 5,88 milhões de eleitores em 10.372 colégios eleitorais.

De acordo com as pesquisas, é provável que 11 estejam representadas no Parlamento.

Uma vez proclamados os resultados oficiais, o presidente Reuven Rivlin terá sete dias para decidir a qual dos 120 deputados eleitos vai confiar a formação do governo.

O parlamentar terá 28 dias para constituir uma coalizão. O presidente pode prolongar esse prazo por 14 dias, caso haja necessidade.

Em caso de fracasso, o presidente pode passar a tarefa a outro parlamentar, por um período de 28 días. Um hipotético terceiro postulante teria duas semanas antes que o presidente convocasse novas eleições.

O líder do partido vencedor é, geralmente, o encarregado de formar uma coalizão, ainda que não seja obrigatório.

Nenhum partido conseguiu, até agora, a maioria de 61 deputados para governar sozinho.

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