Conflito

Cinco mortos em confrontos em aeroporto do Iêmen

Os combates começaram durante a noite ao redor do aeroporto e prosseguiram durante a manhã dentro do estabelecimento

Da AFP
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Publicado em 19/03/2015 às 8:50
Foto: MOHAMMED HUWAIS / AFP
Os combates começaram durante a noite ao redor do aeroporto e prosseguiram durante a manhã dentro do estabelecimento - FOTO: Foto: MOHAMMED HUWAIS / AFP
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Combates entre partidários e opositores do presidente do Iêmen deixaram pelo menos seis mortos e 20 feridos no aeroporto internacional de Aden e na própria cidade.

Os combates começaram durante a noite ao redor do aeroporto e prosseguiram durante a madrugada dentro do estabelecimento entre unidades das forças especiais lideradas por um oficial rebelde, o general Abdel Hafed al-Sakkaf, e membros dos "comitês populares", uma milícia que defende o presidente Abd Rabbo Mansur Hadi.

Várias horas depois, as unidades rebeldes das forças especiais se viram obrigadas a abandonar o local, segundo uma fonte militar.

Três integrantes das forças especiais morreram e seis ficaram feridos, informou à AFP uma fonte próxima ao general Sakkaf, enquanto um integrante dos "comitês populares" informou o balanço de dois mortos e sete feridos entre suas unidades.

As tropas do exército leais a Hadi e apoiadas por tanques e blindados entraram no aeroporto para ajudar os "comitês populares", que conseguiram recuperar o controle do local no fim da manhã.

A intensidade dos combates provocou o cancelamento dos voos programados para a manhã e o tráfego aéreo permanecia com atrasos.

Os tiros tinham como alvo a torre de controle do aeroporto, segundo testemunhas

"Submetidos a um intenso bombardeio, os homens de Sakaf se viram obrigados a recuar para seu acampamento", ao norte do aeroporto, afirmou uma fonte militar.

O general rebelde Abdel Hafed al-Sakaf não aceitou a destituição anunciada pelo presidente e se aliou aos rebeldes xiitas huthis, que controlam a capital iemenita desde o início de fevereiro.

Hadi foi inicialmente colocado em prisão domiciliar, mas conseguiu fugir no dia 21 de fevereiro e chegar à cidade de Aden, seu reduto. Nesta localidade, o presidente, de 69 anos, retirou o pedido de renúncia e anunciou que permanece como chefe de Estado.

Fora do aeroporto, também foram registrados incidentes na cidade de Aden.

Um integrante das forças especiais morreu e quatro ficaram feridos em outro confronto com os comitês populares, que informaram três feridos, perto de um complexo de prédios do governo local no centro da cidade.

Os comitês prenderam 15 membros das forças especiais.

Os combates explodiram depois que unidades comandadas pelo general rebelde Sakaf foram enviadas para várias avenidas próximas do aeroporto.

Em outro crime, o jornalista Abdel Karim al-Khiwani, conhecido por reportagens sobre a milícia huthi, foi assassinado na quarta-feira em Sanaa. O grupo Ansar al-Sharia, braço local da Al-Qaeda, reivindicou a execução.

Al-Khiwani recebeu em 2008 o prêmio especial da Anistia Internacional para os jornalistas em perigo.

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