IRÃ

Acordo nuclear é possível, diz presidente do Irã

Hassan Rohani afirmou que não há nada que impeça a negociação

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Publicado em 21/03/2015 às 11:25
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Hassan Rohani afirmou que não há nada que impeça a negociação - FOTO: Divulgação
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O presidente iraniano, Hassan Rohani, defendeu neste sábado (21) a viabilidade de um acordo com grandes potências sobre o programa nuclear de seu país. "Eu acredito que um acordo é possível. Não há nada que não possa ser resolvido", disse o político, citado pela agência de notícias oficial IRNA.

As negociações do Irã com as grandes potências devem ser retomadas na quarta-feira (25), após uma rodada de discussões com os Estados Unidos em Lausanne, na Suíça. Nesta semana, um negociador europeu indicou que um acordo "está muito longe". 

"Houve diferenças sobre algumas questões, mas pontos de vista comuns surgiram e podem ser a base de um acordo final", disse Rohani, acrescentando que "em algumas questões, as divergências persistem".

Já o secretário de Estado americano John Kerry, disse neste sábado que um "progresso genuíno" foi feito, mas que ainda há "lacunas importantes".

"Todos os lados fizeram o acordado no planto conjunto [estabelecido no primeiro acordo em novembro de 2013] e cumpriram suas obrigações", afirmou Kerry. "Os Estados Unidos querem um acordo abrangente e durável, cuja implementação se baseie não em confiança, mas em verificação intensiva".

"Reconhecemos que decisões fundamentais têm que ser tomadas agora e elas não ficam mais fáceis de com o tempo. Está na hora de tomar decisões difíceis", continuou o secretário de Estado.

Depois de discutir durante cinco dias com o seu homólogo iraniano Mohammad Javad Zarif, Kerry deve agora ir para Londres consultar os seus colegas francês, alemão e britânico sobre os próximos passos da negociação.

Zarif, que lidera a equipe iraniana, expressou otimismo.

"Nós retornaremos quarta-feira a Genebra para continuar e finalizar os detalhes" em vista de um acordo final sobre a questão nuclear, escreveu Zarif em sua página no Facebook.

Ele também acrescentou que "soluções técnicas e políticas adequadas foram encontradas para questões que pareciam insolúveis" nas negociações em Lausanne.

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