A moeda do país despencou e o preço do barril do petróleo caiu pela metade levando junto a receita com as exportações. Mesmo assim, diante de uma economia fragilizada após diversas sanções empreendidas por líderes ocidentais, o presidente russo, Vladimir Putin, parece continuar atuando como um maestro do caos no leste europeu e com um apetite voraz por um nostálgico império czarista. Na semana que marca um ano da anexação da Crimeia e de uma guerra que já deixou mais de seis mil mortos no leste da Ucrânia, o discurso do antigo agente da KGB (principal organização de serviços secretos da União Soviética), continua desafiador contra nações lideradas pelos Estados Unidos, colocando em cheque a eficácia das medidas adotadas até agora.
Depois de ter reconhecido que a anexação da Crimeia foi planejada bem antes do referendo que “justificou” o ato, Putin aproveitou as comemorações para anunciar outra medida que afronta os interesses dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Uma “aliança e integração” com a Ossétia do Sul, região separatista dentro da Geórgia. A iniciativa, de acordo com especialistas, é vista como uma nova anexação.
A tensão na região cresce também no momento em que a movimentação militar russa no mar Báltico se intensifica, colocando em posição de alerta países como Estônia, Letônia e Lituânia, que mesmo fazendo parte da União Europeia e da Otan, sofrem influência direta da política e da economia russa. É que com a crise, as vendas destes países para a Rússia devem cair US$ 780 milhões este ano. Fora isso, o recente histórico de ações enérgicas por parte de nações ocidentais deixa esses países numa situação mais vulnerável.
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