O líder supremo do Irã aiatolá Ali Khamenei disse neste sábado (21) que as negociações do país com os EUA se restringem a questões relacionadas ao seu programa nuclear e que os norte-americanos não serão ouvidos sobre assuntos de segurança da região do Oriente Médio
O trecho parece fazer referência às interferências americanas nos vizinhos Síria e Iraque, que passam por instabilidade por conta dos ataques do grupo terrorista Estado Islâmico.
Entre gritos de "morte a América", Khamenei também criticou as sanções impostas ao país asiático e acusou os EUA de usarem sua força econômica para tentar fazer com que iranianos se virem contra a lei islâmica.
Khamenei discursou contra o que chamou de "poderes arrogantes", que segundo ele, foram responsáveis pela acentuada queda no preço do petróleo nos últimos meses.
As declarações destoam do tom moderado do presidente Hassan Rouhani, que, neste sábado (21), saudou a evolução das conversas com os EUA e disse que acredita que um acordo nuclear seja possível, embora admita que ainda haja divergências entre as partes.
Na próxima quarta-feira (25), diplomatas americanos, europeus e iranianos devem se encontrar em Lausane para continuar as negociações sobre um acordo.