Um grupo de estudantes de medicina britânicos de origem sudanesa, que estavam desaparecidos após viagem à Turquia, podem ter cruzado a fronteira com a Síria para aderir ao grupo radical Estado Islâmico (EI), informaram diversas fontes neste domingo.
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As famílias dos estudantes viajaram até a fronteira turco-síria em uma tentativa desesperada de convencê-los a voltar para casa antes que seja tarde demais, informou um deputado turco da oposição.
Segundo informações publicadas pelo jornal britânico The Guardian e pela emissora BBC, nove estudantes de medicina viajaram para Istambul, partindo da capital sudanesa, Khartum, em 12 de março, e em seguiram por terra até a Síria.
A eles teriam se unido dois médicos, também de origem sudanesa, procedentes de Estados Unidos e Canadá, acrescentou a BBC.
Mehmet Ali Ediboglu, um deputado turco do Partido Popular Republicano, que representa a região de Hatay, na fronteira com a Síria, escreveu no Facebook que estava ajudando as famílias em sua busca.
"Onze médicos - nove britânicos e dois sudaneses - chegaram à Turquia há uma semana para se unir ao EI", disse o parlamentar. "As famílias (...) estiveram na Turquia para buscá-los e levá-los para casa", disse, acrescentando que sua esperança é "salvar" estas personas do EI.
O decano da Universidade de Ciências Médicas de Khartum, Ahmed Babikir, disse à AFP que cinco estudantes de seu centro estavam desaparecidos após viajar para a Turquia.
O ministério britânico das Relações Exteriores destacou, por sua vez, que está "dando ajuda consular às famílias e ter informado a polícia turca para tentar localizar" os jovens.
A Turquia foi acusada pelos países ocidentais de não fazer o suficiente para deter a passagem para a Síria de jovens radicalizados que querem se unir aos jihadistas, sobretudo depois que três adolescentes britânicas cruzaram a fronteira em fevereiro.
No entanto, na semana passada, Ancara extraditou para o país de origem quatro jovens britânicos suspeitos de querer viajar para a Síria.