Nove estudantes britânicos de medicina viajaram à Síria no início deste mês para se unirem ao Estado Islâmico (EI) para atender os feridos e doentes em seus hospitais, informou neste domingo (22) o jornal "The Observer".
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Os jovens, cinco homens e quatro mulheres, voaram do Sudão até Istambul para atravessar a fronteira com a Síria pela Turquia, explicou o político turco Mehmet Ali Ediboglu.
Segundo o político, alguns dos estudantes tinham comunicado a suas famílias seus planos e vários pais viajaram neste fim de semana à capital turca para tentar convencê-los a voltarem com eles.
Ali Ediboglu, que reiterou que os jovens viajaram para a região para "ajudar, não para combater", explicou que eles estudam medicina no Sudão porque suas famílias querem que sejam educados em uma cultura islâmica.
No entanto, o político turco ressaltou que "foram enganados e sofreram uma lavagem cerebral".
"Não esqueçamos que são médicos; que querem ir ali para ajudar, não combater. Portanto, este caso é um pouco diferente".
Segundo seu relato, uma das jovens, Lena Maumoon Abdulqadir, informou a sua família através do Whatsapp.
"Não se preocupem conosco, chegamos à Turquia e estamos a caminho para nos apresentar como voluntários para ajudar o povo sírio", escreveu a jovem.
Um porta-voz do Ministério britânico de Relações Exteriores assinalou que estão "oferecendo ajuda consular às famílias" e tentando descobrir, em colaboração com a polícia turca, "o paradeiro" do grupo.
A intenção destes jovens de se unirem ao EI não é um fato isolado no Reino Unido, motivo pelo qual vários setores pressionam o governo para achar meios de evitar a radicalização de adolescentes.