CONFLITO

Kerry afirma que Assad é 'ditador brutal e sem legitimidade'

O secretário americano fez a afirmação dez dias após ter declarado que ''é necessário negociar'' com o chefe de Estado sírio

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Publicado em 25/03/2015 às 21:45
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O secretário americano fez a afirmação dez dias após ter declarado que ''é necessário negociar'' com o chefe de Estado sírio - FOTO: Foto: Nicholas Kamm / AFP
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O secretário americano de Estado, John Kerry, reafirmou nesta quarta-feira que o presidente sírio, Bashar al Assad, é "um ditador brutal e sem legitimidade para dirigir" seu país, dez dias após ter declarado que "é necessário negociar" com o chefe de Estado sírio.

Antes de viajar à Suíça com a esperança de concluir um acordo sobre o programa nuclear iraniano, John Kerry e sua subsecretária para o Oriente Médio, Anne Patterson, se reuniram nesta quarta-feira com o ex-presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), Moaz Al Jatib, que liderou este organismo da oposição síria moderada entre novembro de 2012 e abril de 2013.

Os três dirigentes discutiram "sobre como alcançar uma solução política para a crise na Síria", segundo comunicado do departamento de Estado.

"O secretário de Estado reafirmou nosso compromisso de buscar, por todos os meios diplomáticos, uma transição política baseada nos princípios de Genebra".

Kerry afirmou ao opositor sírio Jatib que "Bashar al Assad é um ditador brutal sem qualquer legitimidade para dirigir a Síria".

Em 15 de março passado, durante entrevista à rede de televisão CBS, o chefe da diplomacia americana declarou que "no final será preciso negociar" na Síria. "Sempre fomos partidários das  negociações com base no processo (de paz) Genebra I".

Ao ser perguntado se estava disposto a negociar com o presidente sírio, Kerry respondeu: "se ele estiver disposto a empreender negociações sérias sobre como aplicar (os acordos de) Genebra 1, é claro".

No verão de 2012, as grandes potências redigiram um documento - chamado "Genebra 1" - no qual pediam a instalação na Síria de um governo de transição com plenos poderes, mas sem fazer referência clara ao futuro do presidente Assad. 

Em janeiro de 2014, a conferência de paz "Genebra 2", com a participação de representantes do regime em Damasco e a oposição moderada, não permitiu qualquer resultado concreto.

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