O partido do presidente do Iêmen, Abdrabhu Mansur Hadi, exigiu hoje (25) uma intervenção militar árabe urgente para impedir a tomada de Aden pelas forças rebeldes que têm pressionado a grande cidade do Sul, bastião do presidente e do governo reconhecidos pela comunidade internacional.
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Os milicianos xiitas huthis, aliados dos militares que permaneceram fiéis ao ex-presidente Ali Abdallah Saleh, estavam hoje a cerca de 30 quilômetros de Aden, alvo da ofensiva desencadeada a partir da capital Sanaa, que controlam desde setembro.
As milícias reivindicaram a captura do ministro da Defesa, general Mahmud el-Soubaihi, na cidade de Huta, capital da província de Lahej, vizinha de Aden. Segundo porta-voz do huthis, Mohamed Abdessalam, o general foi conduzido para Sanaa.
As forças rebeldes xiitas tinham assumido o controle da grande base aérea de Al-Anad, abandonada na semana passada pelos militares norte-americanos. Diante desta ameaça, o presidente Hadi foi retirado do seu palácio para um local seguro em Aden, indicou sob anonimato à agência AFP um responsável presidencial.
O ministro interino dos Negócios Estrangeiros, Ryad Yassine, também desmentiu que o chefe de Estado tenha deixado o Iêmen, ao contrário do que foi afirmado por um membro da sua guarda pessoal.
O governante indicou que iria pedir uma intervenção militar urgente por ocasião da cúpula anual da Liga Árabe que deve acontecer no sábado (28) em Charm el-Cheikh, no Egito.
Na terça-feira (24), o presidente Hadi tinha apelado ao Conselho de Segurança da ONU a adotar uma resolução vinculativa para travar o avanço dos huthis e convidou todos os países que o desejam a fornecerem, por todos os meios, um apoio imediato à autoridade legítima, para proteger o Iêmen.
Assim, Hadi confirmou ter solicitado às monarquias sunitas do Golfo uma intervenção militar contra os huthis, próximos do Irã.
A Arábia Saudita reuniu o Conselho de assuntos políticos e de segurança, que segundo a agência oficial SPA examinou os desenvolvimentos na região.
No domingo (22), o ministro da Defesa saudita, príncipe Mohamed Ben Salmane Ben Abdel Aziz, efetuou uma vista de inspeção às forças armadas em Jizane, perto da fronteira com o Iêmen, onde segundo a SPA se inteirou das instalações militares.