A menos de 10 dias para o aniversário de 33 anos da Guerra das Malvinas, Reino Unido e Argentina voltam a trocar acusações sobre uma possível tentativa de invasão do território controlado pelos ingleses.
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O ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, informou ao Congresso que vai investir 180 milhões de libras (cerca de R$ 845 milhões) em equipamentos militares nas Ilhas. A justificativa seria uma ameaça "muito viva" da Argentina em tentar retomar o território.
"A principal ameaça às Ilhas são as injustificadas demandas de soberania da Argentina", afirmou Fallon.
Segundo reportagem do jornal inglês "The Sun", as autoridades do Reino Unido estariam preocupadas com um suposto acordo da Argentina para comprar equipamentos militares da Rússia.
A Argentina respondeu às declarações dizendo que o verdadeiro interesse do governo britânico é justificar os gastos militares internamente.
"Além de inverossímil, é absolutamente injustificável que se agite o fantasma de uma suposta 'ameaça argentina' para aumentar o orçamento militar britânico e consolidar a crescente militarização das Ilhas", afirmou em nota o chanceler argentino Héctor Timerman.
Segundo ele, a Argentina vem buscando solucionar a disputa pelas Ilhas de forma pacífica e lembrou que a tentativa de invasão, ocorrida nos anos 80, foi iniciativa da ditadura militar que governava o país e que buscava, dessa forma, manter-se no poder.
Neste mês, porém, começaram a circular na Argentina novas cédulas de 50 pesos ilustradas com desenhos das Ilhas Malvinas e com o escrito: "Ilhas Malvinas: Um amor soberano". Isso foi interpretado como provocação pelos kelpers (moradores da ilha).
O Reino Unido informou que enviará para as Ilhas dois helicópteros militares que estavam atuando no Afeganistão. Além disso, prevê modernizar o sistema de mísseis antiaéreos.
